quarta-feira, 29 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Shala – Filme Paraense mostra o drama da criança adotiva reabandonada


O drama social de um menino órfão que tem a felicidade de ser adotado, mas acaba sofrendo a frustração de ser devolvido pelos novos pais é o epicentro do curta metragem “Shala, Nem Todas as Histórias são Felizes”, filme paraense que terminou de ser gravado neste domingo (12 de julho) em Belém. Shala é baseado em histórias verídicas reunidas pela Fundação da Criança e do Adolescente do Pará (Funcap) e foi premiado pelo Ministério da Cultura no Concurso de Apoio ao Cinema.

Shala é o nome da boneca que marca a amizade entre Pedro e sua colega de orfanato, Rita, papel desempenhado pela menina Isabelli Vilhena. Com o roteiro e direção de João Inácio, o filme, com duração de 12 minutos, traz como ator revelação o pequeno paraense Tiago de Assis, de 7 anos de idade. Ele faz o personagem principal, Pedro, levando para a telinha toda a inocência e emoção da criança abandonada, que é fadada a viver em abrigos espalhados pelo Brasil. Shala é produzido pela Caiana Filmes, tem o apoio da Lei To Teixeira e o patrocínio do Grupo Yamada.

Aluno da 3ª série, Tiago é bailarino clássico da Academia Ana Unger e, atualmente, participa da seleção para a norte-americana Academy Royal. “É a primeira vez que eu participo de um filme. Não é tão fácil (atuar num filme) como todo mundo pensa”, diz o compenetrado ator mirim. “Quando li o roteiro, já conhecia o Tiago e pensei logo nele. Eu já tinha dirigido o Tiago no espetáculo “Acqua”, que foi uma dança teatralizada, no ano retrasado. Eu me impressionei com o menino. Ele é espetacular no sentido pleno da palavra”, destaca Cláudio Barros, diretor de elenco do Shala, que foi quem descobriu o talentoso menino. “Há cinco anos o meu filho já dançava. Estou orgulhosa dele (Tiago)”, comemora a mãe de Tiago, Telma Costa.


As gravações de Shala aconteceram no Colégio Gentil, desde a segunda-feira, 7, até a sexta-feira, 10. No local foi reproduzido o ambiente do orfanato em que se passa a história. O segundo set de filmagens foi na loja Novitá, um belo casarão antigo da Avenida Braz de Aguiar, que serviu de cenário para a casa em que Pedro foi morar com a nova família. Os pais adotivos são encenados pelo experiente Bruno Carreira, de 39 anos, arquiteto e ex-modelo que já grava peças publicitárias e filmes com Cláudio barros há uma década; e pela cantora Juliana Sinimbú, de 23 anos, que estréia como atriz.

“O convite pra esse filme foi um susto e também um presente. É um papel forte, que envolve uma carga emocional grande. Estou feliz dos diretores estarem confiando em mim pra esse papel. É um filme muito bom e uma história linda. Estou ansiosa pelo resultado”, revela Juliana. Já Bruno, divide o desafio do novo papel com as dificuldades da recuperação de uma cirurgia de redução de estômago, feita há 15 dias: “O meu personagem é preconceituoso e autoritário. Ele (personagem) vê o filho adotivo como uma mercadoria que pode ser devolvida, se não gostar dela. Não é tanta ficção assim. O estômago acaba sofrendo os efeitos da tensão que o filme exige”, observa ele. “O Bruno entrega o espírito para o jogo da cena. O personagem não tem nada a ver com ele, que é dócil, mas o papel é truculento”, destaca Cláudio. Entre os trabalhos em que Bruno atuou, estão o personagem principal da peça “Orfeu”, de 2003, e o 1º tenente do longametragem “Araguaia, Conspiração do Silêncio”.


Ficha técnica: João Inácio assina o roteiro e a direção: “Com esta produção o Pará ganha mais uma realização cinematográfica competente para concorrer em pé de igualdade na quase centena de festivais e mostras de cinema no Brasil e no Exterior”, afirma ele. A intenção dele é lançar o filme em sessões gratuitas, na Estação das Docas, em Belém, e percorrer outras salas de cinema com a arrecadação de arrecadação de faldas descartáveis para abrigos de recém-nascidos, além de 40 salas de aula espalhadas pelo Estado. “Fazer filmes no Pará é mais que um desafio, é uma conquista de podermos registrar e mostrar a nossa cara e nós mesmos contarmos as nossas próprias histórias, com profissionalismo e competência”, resume Inácio.

Cláudio Barros é o diretor de elenco, ele foi responsável por encontrar a atriz do filme Tainá, e também atuou em filmes como “Araguaia, Conspiração do Silêncio”. Luciana Martins é a diretora de Produção, também tem trabalho de destaque nacional e com renomados técnicos de São Paulo. Kátia Coelho é a diretora de fotografia premiada em Gramado. Paulo José Campos de Melo assina a trilha sonora, ele é prestigiado pianista da Amazônia que compôs, gravou e editou a trilha sonora do premiado filme "Faust" do Diretor Ernst Gossner, na Áustria, e recebeu a Rosa de Ouro na Mostra de cinema de Göttingen e duas vezes a medalha Metropolis, em Münster (Alemanha) e Innsbrück (Áustria).


Texto: Enize Vidigal

Fotos: Renato Chalu

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

É dado Início a Produção

A trajetória do garoto Pedro em busca de pais adotivos é o enredos da mais nova produção cinematográfica paraense, Vivendo em um abrigo, o personagem de Pedro, com 6 anos de idade, vive, entre outros preconceitos, o cruel desinteresse de ser adotado devido a sua faixa-etária. O garoto passa a criar situações diversas para chamar atenção de possíveis pais adotivos. Paralelo a essa busca Pedro passa a cultivar uma amizade profunda com seu único brinquedo; a boneca “Shala”, o que poderá prejudicar Pedro de conseguir seu maior sonho: Ter uma família.
Shala terá como tema a institucionalização de crianças vítimas de abandono. O filme é baseado em fatos reais ocorridos em Belém. A Forte temática social revela uma realidade pouco conhecida e em muitos casos apagadas dos relatos das instituições de adoção, mostrando ser um projeto que aborda de forma forte e sensível esse esquecido mas presente problema social.
O curta metragem Shala, do paraense João Inácio foi um dos projetos contemplados pelo Ministério da Cultura (MinC), no Concurso de Apoio à Produção de Obras Cinematográficas Inéditas. Sendo escolhido dentre 20 vencedores de 981 inscritos de todo o Brasil. E recebendo o incentivo de 80 mil reais.
Segundo o diretor João Inácio, a proposta é fazer com que o filme estimule cada espectador a revisite seus pensamentos e conceitos, de uma forma criativa e inteligente e também possibilitando a realização de palestras, debates e oficinas sobre o tema, possibilitando a ampliação dessa reflexão.
“Shala” encontra-se em fase de pré-produção, muitos locais já foram definidos para as filmagens, a atriz paraense Lorena Rio já esta confirmada para o filme, como também já foi definido o garoto que fará o papel principal do filme. Por enquanto estamos guardando segredo sobre o nome do garoto para evitar exposições no seu momento de preparação com Claudio Barros, mas encontrei a criança certa, introspectivo, delicado e muito empenhado para interpretar a emocionante saga do personagem Pedro, diz João Inácio. A trilha sonora do filme também já esta em faze de produção, Paulo José Campos de Melo é quem regerá as notas com seu piano emocionante.
A Produção do filme reunirá mais de 50 artistas e técnicos paraenses, entre fotógrafos, músicos, artistas plásticos, atores, entre outros, contribuindo para mais um trabalho realizado com uma competente equipe técnica local, muitos técnicos renomados estão abrindo mão de seus cachês para colaborar na realização desse filme, alguns inclusive pagando suas próprias passagens para vir pra Belém por acreditar no filme. entre eles está a renomada técnica de São Paulo; Kátia Coelho, diretora de fotografia premiada em Gramado e pela Kodak.
Graças ao patrocínio do grupo Yamada, as filmagem já foram garantidas e marcadas para serem realizadas de 03 a 08 de julho. Mas muita estrutura precisa ser montada para o filme, por isso este grande espaço de tempo que antecede as filmagens é extremamente necessário. Infelizmente ainda falta recursos para a finalização e para o filme ser lançado com sessões gratuitas. E nos dois meses seguintes exibições em salas de cinemas da cidade, facilitando o acesso para que mais paraenses possam ver o cinema feito no Estado. Alem de sessões de cunho pedagógico em escolas da rede pública de ensino, participação em mostras, palestras, encontros e festivais nacionais e internacionais de cinema.
Não podemos mais esperar os patrocínios temos que pelo menos dar início as filmagens, nossos planos era lançar o filme no Fórum Social Mundial, mas o único patrocínio que conseguimos até agora foi o da Yamada e assim impossibilitou que o filme já estivesse pronto, fico triste de perdermos essa oportunidade mas, não podemos desistir e agora já estamos com todo o bloco na rua para q o filme fique pronto em maio, sem mais atrasos, desabafa o diretor.